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terça-feira, 18 de maio de 2010

Nova espécie de abelha cria 'flor-sanduíche' para larvas

Uma espécie rara de abelhas solitárias faz o ninho de forma parecido a um bouquet primaveril, segundo diz um novo estudo. O ‘arranjo’, chamado‘flor-sanduíche’, tem três camadas: uma de pétalas no exterior; uma camada de lama e outra camada também de pétalas que revestem o interior da célula, segundo explicou o líder da investigação, Jerome Rozen, curador do departamento Zoologia de Invertebrados, no American Museum of Natural History, de Nova Iorque (EUA).

O comportamento de nidificação colorido da Osmia avosetta foi descoberto no mesmo dia por uma coincidência, por equipas da Turquia e do Irão onde esta espécie é mais abundante. “Foi em absoluta sincronia que descobrimos este comportamento incomum”, disse Rozen.

O curador do museu nova-iorquino e a sua equipa estavam a trabalhar perto de Antalya, na Turquia, enquanto o outro grupo também se encontrava em campo, na província de Fars, no Irão. Os investigadores, de ambas as equipas, descreveram o comportamento destas abelhas na edição de Fevereiro de 2010, da revista American Museum Novitates.

Abelha solitária da espécie Osmia avosetta.
As abelhas são os polinizadores mais importantes, e muitas plantas floríferas dependem delas para se reproduzirem, mas quase 75 por cento das espécies – e existem mais ou menos 20 mil que são solitárias. As fêmeas Osima (Ozbekosima) avoseta envolvem as ninhadas com pétalas de rosa, flores amarelas, azul e roxo. As celas do favo fornecem nutrientes para as larvas crescerem e protege-as, enquanto esperam pelo Inverno.

Isto quer dizer que para a maioria das abelhas, a fêmea constrói o ninho (que pode ser constituído por várias células) para si e para fornecer provisões para a ninhada. Quando o favo está pronto, a abelha deposita um ovo e fecha o ninho, se este tiver apenas uma célula. Geralmente, o ninho da Osmia avosetta tem uma ou duas células, na vertical, próximas da superfície ou entre 1,5 e 5 centímetros perto do solo.

A construção é iniciada a partir do topo, onde cada célula tem pétalas sobrepostas, começando na parte inferior. Depois, recorre a um barro argiloso para forrar o ninho, com emplastros de camada fina (0,5 milímetros de espessura) e termina o revestimento com outra camada de pétalas.

Depois da estrutura física estar finalizada, a abelha reúne então uma mistura pegajosa de néctar e pólen e coloca-a no interior. O ovo é depositado na sua superfície, e a célula é fechada cuidadosamente, dobrando as pétalas no topo. O ninho é tapado com lama, deixando as larvas seladas num ambiente húmido que se vai tornando rígido e protegendo a futura geração, uma vez que come as rações, tece um casulo, e cairá num sono de dez meses até a primavera.

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